Profissional tem de gostar de matemática e ciências humanas.
Área de finanças absorve recém-formados.
Vanessa Fajardo - Do G1, em São Paulo
A profissão de economista exige muito mais do que um aluno
bom de cálculo. Gosto pela leitura, pela teoria e interesse nas atualidades
também é necessário para seguir carreira, além do domínio da velha e boa
matemática. Nelson Marconi, coordenador do curso de economia da Fundação
Getulio Vargas, afirma que as ciências humanas são fundamentais para que o
estudante entenda a sociedade, a política e as relações sociais que explicam os
motivos dos fenômenos econômicos.
"O aluno até pode gostar mais de uma coisa do que de
outra, mas não pode odiar matemática ou odiar ler, porque senão não será um bom
economista. Que estuda economia está bem preparado, pois a formação reúne
exatas e humanas. É muito difícil se dar mal no mercado de trabalho", diz
Nelson Marconi.
Um economista é contratado para organizar os recursos de uma
empresa com objetivo de aumentar sua produtividade. Quando trabalha para um
país, por exemplo, tem a missão de desenhar políticas públicas para fazê-lo
crescer com mais estabilidade. Para isso, na faculdade o estudante tem aulas
que vão desde história e geografia do Brasil, passando por macro e
microeconomia, estatística até técnicas para previsões econômicas. O curso dura
quatro anos e o estágio é obrigatório.
O profissional com essa formação pode trabalhar em
organizações privadas, no sistema financeiro, no governo, no meio acadêmico,
nos organismos internacionais, e empresas jornalísticas, fazendo análises. As
áreas de finanças e de análise de empresas têm absorvido muitos recém-formados,
de acordo com Marconi.
Apesar de disputar espaço no mercado de trabalho com
administradores, advogados e engenheiros, Marconi diz que não vê a profissão
como saturada. Segundo ele, sempre haverá instituições interessadas em
contratar gente especializada em melhorar o resultado de sua organização e
aumentar sua riqueza, e o economista faz este papel.
Para ganhar destaque no mercado, é necessário uma boa
formação superior, fluência em inglês e proatividade. Marconi diz que os
profissionais que tiveram experiência de estudar fora do Brasil também são bem
vistos pelos contratantes, já que não só o conteúdo aprendido conta, e sim, a
experiência de vida e cultural.
O economista não tem um piso salarial estipulado por lei,
segundo Conselho Regional de Economia. Porém, de acordo com uma pesquisa feita
em 2010 entre os alunos que concluíram o curso de economia na FGV, a maior
parte dos recém-formados ganhava entre R$ 2 e R$ 5 mil; entre os que estavam há
mais de dois anos no mercado, 50% tinha salário acima de R$ 7 mil.
Fonte: G1
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