Hoje é o Dia Nacional do Circo. A data foi escolhida para homenagear o Palhaço PIOLIN, que nasceu na cidade de Ribeirão Preto, dentro do Circo Americano, em 1897, e morreu em São Paulo em 1973.
PIOLIN recebeu este apelido de artistas espanhóis. Piolin era o nome dado a um tipo de barbante, e fazia referência à constituição física do artista, que era magro, com pernas compridas e muito flexível (além de palhaço era ginasta e equilibrista).
O palhaço PIOLIN teve seu talento reconhecido pelos modernistas da Semana de 22, que o consideravam o maior artista popular do Brasil. O próprio Mario de Andrade dedicou a ele uma crônica.
PIOLIN manteve por três décadas, juntamente com seus filhos e sobrinhos, o CIRCO PIOLIN, no Largo do Paissandú, em São Paulo.
Em entrevista dada ao Jornal Folha de São Paulo em 1957, disse:
“Não fui como os outros meninos, que entravam no circo por baixo do pano. Nasci dentro dele e levava uma vida que causava inveja aos outros garotos. Eu, do meu lado, tinha inveja deles. Eles tinham uma casa, tinham seus brinquedos comuns e podiam ir diariamente à escola. Eu começava a freqüentar um colégio e o circo se transferia. Lá ficava eu sem escola”.
Revela ainda ao mesmo jornal que seu sonho era ser engenheiro, queria construir casas, pontes, estradas e castelos. Construiu apenas castelos de sonhos de muita gente.
Todos aqueles que, mesmo sem ter tido a oportunidade de rir e sonhar com PIOLIN,mas que já riram e sonharam com tantos outros palhaços talentosos e autênticos (não os subempregados e explorados das portas de lojas), torcem para que os artistas e o próprio circo sobreviva por muitas e muitas gerações
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