terça-feira, 19 de junho de 2012

Dicas de carreira: Engenharia de Alimentos



Mercado de trabalho está em expansão, segundo entidade da área.

Ana Carolina Moreno – Do G1, em São Paulo

Um dos cursos mais recentes de engenharia no Brasil, a engenharia de alimentos ainda está "engatinhando" no país, segundo Gumercindo Ferreira da Silva, presidente da Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos (Abea). Os próximos dez anos, diz ele, devem ser de aumento da demanda por profissionais capacitados em todos os passos da cadeia de produção de alimentos, desde a elaboração de fórmulas até o armazenamento, passando pela fabricação e o transporte dos produtos. "Se pensarmos em qualquer produto alimentício no supermercado, ali tem engenharia de alimentos do início ao final", afirmou Silva.
Por isso, segundo ele, a formação superior na carreira é generalista. Criado a partir do fim da década de 1960, o curso de engenharia de alimentos já é oferecido por 60 instituições e, de acordo com a Abea, continua abrindo mais vagas. Na graduação, o estudante precisa lidar principalmente com as matérias de física e matemática na engenharia, mas também com elementos da química.
Os engenheiros de alimentos aprendem, na faculdade, conhecimentos como a escolha da matéria-prima o desenvolvimento da formulação ideal do processamento, conceitos térmicos e de troca de calor, o uso dos equipamentos necessários e o transporte e armazenamento de todos os tipos de produtos alimentícios.
"A conservação do alimento é uma atividade extremamente importante, porque ela faz com que ele dure o prazo de validade que a indústria determina", afirmou.
Além dos cuidados com as substâncias adicionadas aos alimentos, como os corantes, a pesquisa e desenvolvimento são responsáveis pela constante melhoria dos processos industriais, e representam uma das diversas opções de trabalho que um engenheiro de alimentos encontra no setor.

Mercado de trabalho
De acordo com Silva, a maioria dos engenheiros de alimentos foca sua atuação na indústria, mas é cada vez maior a procura por profissionais desse setor nas áreas comerciais, como redes de fastfood, e em empresas de consultoria e faculdades. Ele também cita a opção do empreendedorismo.
"Você começa seu próprio negócio, fazendo um produto bem artesanal e caseiro, e depois pode evoluir para a parte industrial, construir uma empresa grande. A gente tem os exemplos das microcervejarias, que são uma produção artesanal e podem chegar à comercialização em nível nacional", afirmou Silva.
Marcelo Cozac, de 39 anos, é um exemplo de engenheiro de alimentos que acabou virando empresário. Ele se formou em engenharia de alimentos pelo Instituto Mauá de Engenharia, na Grande São Paulo, em 1996. Ele afirmou que optou pela carreira porque ela era uma das mais recentes, e disse que, naquela época, a demanda do mercado era muito menor do que hoje.
O engenheiro conseguiu estágio em uma cervejaria e atuou no setor durante cerca de dez anos, até que teve a oportunidade de criar seu próprio negócio, uma empresa que importa, vende e cuida da manutenção de máquinas dos Estados Unidos, Espanha e Alemanha, usadas em indústrias de engarrafamento e empacotamento, entre elas as de bebidas e alimentos. "A gente procura as novidades na tecnologia, que podem trazer ganhos de produtividade, economia nos processos, de embalagem, buscando sempre garantia de qualidade."

Sustentabilidade
Durante uma feira de tecnologia do setor, Cozac expôs um dos equipamentos que começou a vender há dez anos e já está presente em cerca de 200 indústrias. "A máquina injeta nitrogênio líquido na bebida, que tem dois efeitos: primeiro, ele reduz o nível de oxigênio para que o produto dure mais, depois, ele pressuriza a embalagem", explicou o engenheiro.
A pressão permite que bebidas não gaseificadas possam ser transportadas em latas de alumínio e em embalagens como garrafas plásticas mais leves. "Consigo transportar e armazenar uma garrafa com menos plástico. Isso, ecologicamente, é muito produtivo, econômico, gasta menos material plástico, e é um processo de muito sucesso. Temos vários processos com água e garrafa de vinagre, ela pesava 24 gramas, hoje ela pesa 17 gramas, são 7 gramas a menos de plástico na natureza."

Salário e carreira
O presidente da Abea explica que o profissional recém-formado em engenharia de alimentos chega ao mercado recebendo o piso salarial de cinco salários mínimos, e que diretores e presidentes de grandes empresas podem chegar a receber salários de mais de R$ 45 mil.
Apesar da formação generalista, a carreira do engenheiro exige que ele se especialize em uma área específica e, com o tempo, vá aprofundando e atualizando seus conhecimentos nela. "Quando entra em um segmento, ele se especializa no assunto e vira expert naquilo", diz.
Para Silva, "os estudantes têm um desafio muito grande no mercado, essa é uma área considerada pouco explorada no Brasil, um mercado muito grande que dia a dia está abrindo novas frentes de trabalho".
A demanda por profissionais caminha lado a lado com o aumento das exigências dos processos de qualidade. Como lidam com produtos perecíveis, os engenheiros de alimentos devem seguir orientações rigorosas do governo brasileiro.
Os alimentos e produtos usados, de acordo com Silva, são controlados por três ministérios diferentes: o Ministério da Saúde cuida da autorização de alimentos de origem natural, como frutas, sementes e verduras e o Ministério da Agricultura é responsável pelos produtos de origem animal, como as carnes e o leite. Já o Ministério de Minas e Energia trata dos líquidos comercializados pela indústria, entre eles o refrigerante e a água.


Fonte: G1

terça-feira, 5 de junho de 2012

SIMULADO JUNHO (1ª SÉRIE)

ACESSE AQUI OS RESULTADOS DO SIMULADO (1ª Série EM)

SIMULADO JUNHO (2ª SÉRIE)

ACESSE AQUI OS RESULTADOS DO SIMULADO (2ª série)

SIMULADO JUNHO (3ª SÉRIE)

Dica de carreira: Economia

Profissional tem de gostar de matemática e ciências humanas.
Área de finanças absorve recém-formados.
Vanessa Fajardo - Do G1, em São Paulo

A profissão de economista exige muito mais do que um aluno bom de cálculo. Gosto pela leitura, pela teoria e interesse nas atualidades também é necessário para seguir carreira, além do domínio da velha e boa matemática. Nelson Marconi, coordenador do curso de economia da Fundação Getulio Vargas, afirma que as ciências humanas são fundamentais para que o estudante entenda a sociedade, a política e as relações sociais que explicam os motivos dos fenômenos econômicos.
"O aluno até pode gostar mais de uma coisa do que de outra, mas não pode odiar matemática ou odiar ler, porque senão não será um bom economista. Que estuda economia está bem preparado, pois a formação reúne exatas e humanas. É muito difícil se dar mal no mercado de trabalho", diz Nelson Marconi.
Um economista é contratado para organizar os recursos de uma empresa com objetivo de aumentar sua produtividade. Quando trabalha para um país, por exemplo, tem a missão de desenhar políticas públicas para fazê-lo crescer com mais estabilidade. Para isso, na faculdade o estudante tem aulas que vão desde história e geografia do Brasil, passando por macro e microeconomia, estatística até técnicas para previsões econômicas. O curso dura quatro anos e o estágio é obrigatório.
O profissional com essa formação pode trabalhar em organizações privadas, no sistema financeiro, no governo, no meio acadêmico, nos organismos internacionais, e empresas jornalísticas, fazendo análises. As áreas de finanças e de análise de empresas têm absorvido muitos recém-formados, de acordo com Marconi.
Apesar de disputar espaço no mercado de trabalho com administradores, advogados e engenheiros, Marconi diz que não vê a profissão como saturada. Segundo ele, sempre haverá instituições interessadas em contratar gente especializada em melhorar o resultado de sua organização e aumentar sua riqueza, e o economista faz este papel.
Para ganhar destaque no mercado, é necessário uma boa formação superior, fluência em inglês e proatividade. Marconi diz que os profissionais que tiveram experiência de estudar fora do Brasil também são bem vistos pelos contratantes, já que não só o conteúdo aprendido conta, e sim, a experiência de vida e cultural.
O economista não tem um piso salarial estipulado por lei, segundo Conselho Regional de Economia. Porém, de acordo com uma pesquisa feita em 2010 entre os alunos que concluíram o curso de economia na FGV, a maior parte dos recém-formados ganhava entre R$ 2 e R$ 5 mil; entre os que estavam há mais de dois anos no mercado, 50% tinha salário acima de R$ 7 mil.


Fonte: G1

sexta-feira, 1 de junho de 2012